Havia inclusive uma lenda espanhola, bastante difundida durante as Grandes Navegações, sobre uma cidade indígena na América do Sul que seria todinha feita de ouro. O nome dessa suposta cidade era El Dorado, e muitos exploradores dedicaram suas vidas em busca desse paraíso na Terra, sem sucesso.
Com ou sem El Dorado, o ouro já era muito usado em todo tipo de mercadorias na Europa, principalmente em artigos de luxo. Jóias, anéis, objetos de decoração, coroas, cetros e outros elementos associados à realeza. Até os interiores das Igrejas eram, de vez em quando, decorados com ouro.
O ouro também era matéria-prima para diversas moedas utilizadas ao redor do mundo. Ou seja, era bastante utilizado para intermediar a troca entre mercadorias na forma de dinheiro. Afinal, dinheiro é isso: um mecanismo utilizado para auxiliar nas compras e vendas, de acordo com valores pré-determinados.
A moeda utilizada em Portugal e suas colônias
na era das Grandes Navegações tinha o mesmo
nome que a nossa: o Real. Claro que uma moeda de ouro dessas valia muito mais que os nossos centavos, mas o nome era o mesmo.
Podemos ver então porque o ouro era um metal extremamente cobiçado em Portugal e em grande parte do mundo, tanto pela sua relativa raridade e pelo seu amplo uso quanto por aspectos históricos e culturais.
São muitos os fatores que determinam o preço de um produto, e nem todos têm a ver com critérios racionais. No caso do ouro na Europa do século XVI, por exemplo, seu alto valor se justificava também por milênios de valorização. Por séculos e séculos, o ouro foi sinônimo de beleza, riqueza e nobreza, mas isso não é algo absoluto.
As diferentes formas com as quais os povos enxergavam o ouro nos anos de 1500 mostram que o seu valor é relativo, ou seja, depende de quem vê. Se nós apreciamos o ouro hoje, é por conta da cultura europeia que herdamos, com seus milhares de anos de valorização do ouro, e não porque ele é mais especial do que os outros elementos da Terra.
Cobiçada especiaria que impulsionou as viagens dos exploradores em busca de novas rotas comerciais.
Valiosa especiaria que motivou os navegadores a atravessar oceanos em busca de fontes mais acessíveis.
A seda chinesa era um luxo tão desejado na Europa que estimulou as explorações em direção à Ásia.
O Ouro atraiu a atenção dos conquistadores espanhóis e portugueses, resultando em uma corrida pelo metal precioso.
A Porcelana chinesa era uma mercadoria de alto valor e requinte que impulsionou as explorações em busca de rotas para a China.
O Pau-Brasil era uma madeira valiosa que levou os portugueses a explorar e colonizar o Brasil no início do século XVI.