Por muitos séculos, a localização da noz-moscada foi um segredo muito bem guardado pelos árabes que vendiam essa especiaria na Europa. Como apenas eles sabiam onde obtê-las, podiam cobrar o preço que quisessem por elas e os ricos europeus pagavam um valor caríssimo.
Com a economia é assim mesmo: quanto mais raro um item, e quanto menos pessoas vendendo, maior é o seu valor.
Tudo mudou em 1511 quando o navegador português Alfonso de Albuquerque conquistou Malaca, cidade da Malásia e principal centro de comércio asiático.
Sendo o novo dono do pedaço, exigiu que os malaios mostrassem a ele de
onde vinha o mais precioso dos temperos, a noz-moscada. Ele foi levado até as pequenas ilhas de Banda, na Indonésia, onde crescem as altas árvores de moscadeira, que produzem a valiosa especiaria.
Após essa expedição bem sucedida, o comércio da noz-moscada era com os portugueses mesmo, e foi a vez deles ficarem ricos com essas vendas.
De fato, até o século XIX, nos anos 1800, apenas as ilhas de Banda produziam essa preciosa iguaria, então muitos que se aventuraram na longa viagem até a Indonésia enriqueceram com as suas vendas.
A noz-moscada era tão amada, mas tão amada que fez navegadores portugueses cruzarem metade do mundo nos perigosos oceanos Atlântico e Índico a fim de buscar suas origens.
Até os dias de hoje, seu sabor delicado, doce, único é apreciado por diversos povos do mundo.
Cobiçada especiaria que impulsionou as viagens dos exploradores em busca de novas rotas comerciais.
Valiosa especiaria que motivou os navegadores a atravessar oceanos em busca de fontes mais acessíveis.
A seda chinesa era um luxo tão desejado na Europa que estimulou as explorações em direção à Ásia.
O Ouro atraiu a atenção dos conquistadores espanhóis e portugueses, resultando em uma corrida pelo metal precioso.
A Porcelana chinesa era uma mercadoria de alto valor e requinte que impulsionou as explorações em busca de rotas para a China.
O Pau-Brasil era uma madeira valiosa que levou os portugueses a explorar e colonizar o Brasil no início do século XVI.