O cravo-da-índia, apesar de ter esse nome, não veio da Índia! Ele é na verdade uma planta nativa das Ilhas Molucas, que hoje são parte da Indonésia.
As Ilhas Molucas, as “Ilhas das Especiarias”, ficam na Indonésia, a mais de 14.000km de Portugal
Os cravos-da-índia, ou só cravos, como chamamos hoje em dia, não são sementes, e sim botões de flores. Eles têm esse nome porque parecem pregos (cravo é um nome antigo para prego, que deu origem ao verbo cravar, ou acertar em cheio).
O cravo é um tempero tão gostoso e popular que ganhou
a Ásia, a Europa e o resto do mundo rapidinho, muito
antes dos portugueses chegarem lá.
Até os romanos antigos apreciavam seu sabor e aroma, mais de 1000 anos antes dos portugueses chegarem às ilhas Molucas
No entanto, nunca foi tarefa fácil cultivar ou transportar essa iguaria naqueles tempos antigos, e os navegadores de Portugal lucraram muito com a sua comercialização.
Na época das Grandes Navegações, o cravo seco não era usado apenas como tempero em pratos, mas também em perfumes, remédios (sem eficácia comprovada) e até para disfarçar o mau hálito.
Isso mesmo, os europeus viviam mascando cravos para ficar com um hálito refrescante. Além disso, em uma época sem geladeiras, ele era essencial para conservação de alguns alimentos: óleo de cravo, quando aplicado sobre a comida, evita a formação de mofo sobre ela.
Cobiçada especiaria que impulsionou as viagens dos exploradores em busca de novas rotas comerciais.
Valiosa especiaria que motivou os navegadores a atravessar oceanos em busca de fontes mais acessíveis.
A seda chinesa era um luxo tão desejado na Europa que estimulou as explorações em direção à Ásia.
O Ouro atraiu a atenção dos conquistadores espanhóis e portugueses, resultando em uma corrida pelo metal precioso.
A Porcelana chinesa era uma mercadoria de alto valor e requinte que impulsionou as explorações em busca de rotas para a China.
O Pau-Brasil era uma madeira valiosa que levou os portugueses a explorar e colonizar o Brasil no início do século XVI.